Medicina Natural – Fitoterapia

As plantas produzem substâncias medicinais, sintetizam vitaminas essenciais e estão nelas a fonte de tudo que nosso corpo precisa para se manter saudável. Às vezes toda a planta, incluindo suas raízes, é usada para fins medicinais. Com mais frequência, porém, seus princípios ativos tendem a se concentrar nas folhas, onde acontece grande parte da atividade química das plantas, incluindo a fotossíntese. Mas podemos encontrar princípios ativos nos caules, flores, frutos, cascas e raízes de várias plantas indicadas para fins medicinais. A produção de substâncias medicinais pelas plantas é apenas uma parte do grande plano que compõe a complexa química da vida. Com suas reservas de aminoácidos e ácidos graxos, as células da planta viva estão bem equipadas de matérias-primas para originar milhares de compostos com propriedades medicinais.

No Brasil combinamos o saber tradicional e ancestral com as mais recentes pesquisas científicas de muitas plantas medicinais para prescrever os medicamentos fitoterápicos. Atualmente o Ministério de Saúde junto a Fiocruz tem catalogado e pesquisado uma grande variedade de plantas brasileiras que já estão sendo disponibilizadas para o SUS. A prática profissional da Fitoterapia é muito adequada sobretudo para doenças crônicas: como é um tratamento natural tem o benefício de ter menos efeitos colaterais e de menor custo para o cliente. Uma consulta de fitoterapia envolve uma avaliação completa da saúde do paciente, histórico médico, estilo de vida e hábitos alimentares, com o objetivo de identificar as necessidades individuais para prescrever um tratamento mais adequado. O fitoterapeuta então orienta sobre o uso seguro e eficaz dessas plantas para promover o bem-estar e tratar diversas condições.

A fitoterapia tem sido indicada para o tratamento ou prevenção de algumas condições de saúde, sendo as principais: ansiedade, estresse e depressão; insônia, dor de cabeça, dor muscular e nas articulações; gripe e resfriado, falta de energia e disposição; diarreia, prisão de ventre, hemorróidas, gastroenterite, excesso de gases intestinais; TPM e cólicas menstruais; infecção urinária, problemas de pele (como micoses, urticária, eczema, psoríase e furúnculos), retenção de líquidos, cicatrização de feridas, diabetes, pressão alta e colesterol alto, etc. A fitoterapia pode também ser usada para auxiliar no tratamento das mais diversas infecções ou como parte dos cuidados paliativos, por exemplo.

Como funciona a consulta:

O profissional realiza uma entrevista detalhada para coletar informações sobre o histórico de saúde do paciente, incluindo doenças preexistentes, alergias, medicamentos em uso e estilo de vida. Com base nas informações coletadas, o fitoterapeuta identifica as necessidades específicas do paciente e estabelece um plano de tratamento individualizado. Os medicamentos fitoterápicos indicados podem ser na forma de chás, tinturas, gel, óleos medicados, cápsulas ou outros preparados, considerando a forma de uso e a dosagem adequadas para cada caso. O fitoterapeuta acompanha o paciente durante o tratamento, avaliando a eficácia das plantas medicinais utilizadas, ajustando a prescrição quando necessário e oferecendo orientações sobre o uso seguro e consciente.

Importante: A fitoterapia pode ser utilizada como tratamento complementar ou alternativo ao tratamento médico convencional, mas sempre com orientação e acompanhamento profissional. É fundamental que o paciente informe ao fitoterapeuta sobre quaisquer medicamentos alopáticos que esteja utilizando, para evitar interações medicamentosas.